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Esta página exibe os dados de um Projeto de Extensão.

Índice:

Informações de RegistroDados Gerais do Projeto de ExtensãoDados de Renovação do Projeto
Dados do Coordenador do ProjetoSituação do ProjetoHistórico de Coordenação
Histórico de Avaliações
Informações de Registro

Número de Registro: 015/2021

Dados Gerais do Projeto de Extensão

Título: Comer, unir e transformar: Um diálogo entre a Educação Ambiental Crítica e a Alimentação Escolar

Programa de Extensão: Agroecologia, extensão rural, alimentação saudável e educação ambiental: diálogos entre universidade, agricultores(as), comunidades locais e escolas públicas

Resumo da Proposta: O projeto visa promover um diálogo entre a educação ambiental crítica e a segurança alimentar, num processo educativo numa perspectiva lúdica cujo tema gerador será a “alimentação escolar”, entendida aqui como um processo sócio-político e cultural. O projeto será desenvolvido junto às comunidades escolares da rede estadual de ensino de Lavras, aproveitando o contato preexistente com estas instituições por conta dos estágios na formação de professores de ciências e biologia. É importante destacar também a equipe multidisciplinar deste Projeto, uma parceria entre professores e alunos de pós-graduação e graduação do Departamento de Biologia - Setor de Educação Científica e Ambiental - e os Departamentos de Nutrição, Ciência dos Alimentos, Administração e Entomologia da UFLA, além da Rede de Agroecologia e Economia Solidária de Três Pontas.

Área Temática: Educação

Instituições Parceiras: Escolas Estaduais de Lavras e região, Departamento de Biologia - Setor de Educação Científica e Ambiental, Departamento de Ciências dos Alimentos, Departamento de Nutrição, Departamento de Administração, RAES - Rede de Agroecologia e Economia Solidária de Três Pontas

Número Estimado de Participantes: 10

Locais de Realização: Escolas Estaduais do município de Lavras e região, UFLA, agricultores locais parceiros

Data de Início: 01/05/2019

Data de Término: 31/12/2024

Justificativa: A proposta deste trabalho nasce a partir de uma pesquisa realizada pelos estagiários, futuros professores, nas escolas que acompanharam durante o segundo semestre de 2018, processo realizado almejando proporcionar uma compreensão ampla e crítica da realidade vivenciada, em suas relações escola, comunidade e ambiente do entorno. A partir dos dados coletados, as problemáticas identificadas, bem como do potencial de aprofundamento, discussão, de grande valia para formação de futuros professores e agora também compartilhando os aprendizados com a comunidade escolar, procuramos estabelecer parcerias para a continuidade deste processo. A alimentação foi escolhida como tema gerador, por possibilitar a compreensão da produção e reprodução da vida em sociedade, além de que o consumo de alimentos se remete a “escolhas individuais”, mas que influenciam e também são influenciadas por toda a cadeia de produção, da extração ou criação da matéria-prima, sua industrialização, distribuição, comercialização, publicidade, consumo e descarte de dejetos, destacando o papel das pessoas e o uso da terra em cada etapa. Entendemos, assim que, a relação íntima que este tema possui com o dia-a-dia das pessoas e a possibilidade de esclarecer os meandros e as contradições inerentes ao nosso modelo de desenvolvimento podem ser questões potenciais para o trabalho com a Educação Ambiental (EA) Crítica.

Caracterização dos Beneficiários: Os beneficiários vão desde alunos da graduação e pós-graduação do Programa de Educação Científica e Ambiental - PPGECA - UFLA, agricultores da feira agroecológica da UFLA, bem como parceiros da escola, entre eles professores e professoras, alunos e outros sujeitos, que terão a oportunidade de aprimorar sua formação em relação a temáticas como educação, ensino, educação ambiental, alimentação saudável, organização dos processos produtivos de nossa sociedade, entre outros.

Objetivos: Realizar diagnóstico nas comunidades escolares participantes a respeito de questões envolvidas com a alimentação, almejando compreender tanto as problemáticas como os potenciais para o trabalho: desperdício, cardápio, boas práticas, aquisição de alimentos PNAE (Política Nacional de Alimentação Escolar), relação com a comunidade, etc.Realização de processo educativo na relação com as artes junto à comunidade escolar interessada.Fomentar a aproximação entre produtores, agricultores locais e as escolasBuscar aproximação e parceria com as nutricionistas da Superintendência do Estado, para produção de cardápios mais regionalizadosPromover a mudança de pensamento e comportamental dos sujeitos envolvidos em relação à escolha e responsabilidade alimentar

Metas:

Elaboração de materiais paradidáticos que tematizem a alimentação na relação com a educação ambiental
Realização de encontros, eventos, que busquem estreitar relações com Universidade, produtores ligados à feira agroecológica, as escolas e promover a mudança de pensamento e comportamental dos sujeitos envolvidos em relação à escolha e responsabilidade alimentar.

Fundamentação Teórica: Uma análise da produção, distribuição e comercialização de alimentos expõe problemas da lógica do mercado que privilegia a saúde do sistema financeiro em detrimento da saúde, da cultura, do bem estar e da própria sobrevivência da população. A alimentação, assim como tantas outras questões, de um direito humano, garantido em nossa Constituição, foi transformada em mercadoria, alvo de complexos e contraditórios sistemas de troca, lobbies, cartéis, etc. Neste contexto, compreendemos que a alimentação e a discussão sobre segurança e soberania alimentar podem ser questões potenciais para a compreensão do funcionamento dos processos de produção e reprodução da vida sob o capitalismo, pois está presente – muitas vezes ausente – no cotidiano de todas as pessoas. São, portanto, temas geradores, conteúdos que possibilitam a discussão o trabalho com a Educação Ambiental (EA) Crítica tanto junto à comunidade escolar como com os professores em formação. A EA Crítica propõe que os problemas sociais e ambientais sejam compreendidos em sua totalidade, em sua materialidade, ou seja, por meio dos múltiplos fatores que os compõem e suas relações (TOZONI-REIS, 2004). Assim, entende que enfrentar os problemas que vivenciamos numa perspectiva individual, por meio de mudanças de comportamento da população para hábitos “ecologicamente corretos”, não é suficiente. Estas orientações buscam apenas mitigar os sintomas aparentes de uma crise que é mais profunda, pois não questionam as origens, os padrões e valores propalados pela sociedade capitalista e acabam elas próprias por reproduzir, fortalecer e “perpetuar uma concepção de mundo baseada na sociedade mercantil” (JINKINGS, 2008, p. 12). A proposta da EA crítica é que antes de procurarmos sugerir a mudança da matriz energética que garante o funcionamento desse sistema de produção, possamos questionar: o que implica este processo de produção? Para que e como produzimos? A EA crítica alerta que não há possibilidade de evitar a exploração da natureza pelos homens, se tivermos a exploração dos homens pelos próprios homens como base de funcionamento da sociedade.Com estas preocupações, a EA crítica propõe um processo educativo contínuo, que instrumentaliza, teórica e praticamente, os sujeitos para compreender a realidade concreta, em sua construção histórica e dialética, para que possam ativa e conscientemente participar de sua transformação, em direção a um projeto de sociedade mais justo e sustentável.

Metodologia: Tomamos o método Materialista Histórico-Dialético como referencial teórico-metodológico, afirmando a necessidade do compromisso do ensino, da pesquisa e da extensão com a vida em sociedade, permitindo a construção e reconstrução mútua e contínua entre ciência, educação e prática social. Sob esta abordagem compreende-se que para captar a complexidade da realidade é importante proceder a análise das diversas questões que a compõem, e as relações entre elas, de modo a chegar ao concreto. “O concreto é concreto porque é a síntese de múltiplas determinações e, por isso, é a unidade do diverso. Aparece no pensamento como processo de síntese, como resultado, e não como ponto de partida...” (MARX, 2011, p. 15). A partir disso, procuraremos as responsáveis pelas Escolas parceiras, bem como os docentes interessados, de forma a apresentar o projeto e nossas preocupações iniciais, a partir dos dados e análises coletados na pesquisa preliminarmente realizada e assim, a proposta de trabalho educativa e de aproximação com a comunidade local (agricultores da região, alguns deles pais e parentes dos alunos e vizinhos da escola).Definido o grupo interessado em participar, organizaremos encontros coletivos dos parceiros de trabalho para definição dos tempos, espaços e sujeitos da equipe responsáveis por realizar novos diagnósticos nas escolas em que as pesquisas não foram iniciadas e aprofundamentos nos locais já iniciados, mas que houver necessidade. O levantamento de dados se dará tanto por observação, observação participante, mas também entrevistas.Identificadas as principais problemáticas, organizaremos, coletivamente, os processos educativos a partir da discussão da alimentação escolar, na relação com a arte e cultura.Buscaremos estreitar o contato com as nutricionistas responsáveis pelo cardápio escolar, de forma a discutir as possibilidades de serem constituídos por produtos locais, o que possibilitará a compra e venda de alimentos dos produtores da região, e portanto, a aproximação escola-comunidade, visto que o distanciamento entre escola e comunidade, é uma das principais problemáticas, de acordo com relatos de sujeitos da própria comunidade escolar, entre os anos de 2016 e 2018.A avaliação do projeto será realizada pelos pares, parceiros de trabalho em diferentes ocasiões, por diferentes métodos e de forma processual: nas reuniões de trabalho coletivo, de forma dialogada, a cada semestre, por meio de questionários com os participantes.

Impactos na Formação Discente: A partir das atividades desenvolvidas há a possibilidade de ampliar compreensão sobre a alimentação como um ato político e social, possibilitando assim aprofundamento e enriquecimento na formação inicial de professores (alunos da licenciatura)

Relação Ensino, Pesquisa e Extensão: Para Freire (1969) a extensão é a comunicação entre indivíduos não passivos, onde ambos colaboram para a construção de um diálogo comunicativo, sendo assim uma via de trocas. O autor ainda nega a ideia de estender algo a outro, corroborando com a ideia de troca em detrimento de uma parte levar conhecimento a outra.Em consonância com essa ideia, o presente projeto busca estabelecer um dialogo entre Universidade, escola e comunidade, uma vez que a elaboração das atividades será feita a partir de diálogos e construídas coletivamente entre os membros presentes no projeto. Além disso, o desenvolvimento do projeto contribuirá para a formação dos alunos do Estágio Supervisionado do curso de Ciências Biológicas – Licenciatura, que atuam no ensino básico, se aproximando da realidade escolar. Ainda nessa atividade há a possibilidade de desenvolvimento de uma pesquisa, onde serão coletados dados para a compreensão da alimentação escolar, além da possibilidade de entendimento da visão da comunidade escolar. Os dados citados anteriormente serão utilizados para a elaboração das propostas de extensão, o que evidencia ainda mais a maneira dialética como o projeto está estruturado. O projeto ainda possibilitará a elaboração de trabalhos científicos que serão publicados em congressos e revistas acadêmicas contribuindo assim para a divulgação cientifica.

Relação com a Sociedade e Impacto Social: A proposta busca possibilitar oportunidades de formação e troca entre comunidade universitária (professores, alunos), com agricultores regionais e comunidades de algumas escolas estaduais do município, visando aprimoramento das decisões relacionadas à produção e escolha de alimentos, bem como estreitamento vínculos entre os atores envolvidos

Resultados Esperados: Espera-se contribuir com a formação crítica dos sujeitos da comunidade escolar e futuros professores para atuação em seu ambiente, a partir da problematização da alimentação escolar, os processos envolvidos na produção e distribuição de alimentos. Ou seja, a elevação da compreensão deve possibilitar também a mudança dos hábitos alimentares e das demandas por alimentos mais saudáveis, que levem em consideração tanto as pessoas envolvidas em sua produção, como os impactos ambientais.

Indicadores de Acompanhamento e Avaliação:

Número e constância de reuniões/encontros entre envolvidos
Número de eventos realizados
Número de materiais paradidáticos produzidos
Número de Trabalhos de conclusão de curso relacionados ao projeto
Número de Dissertações de Mestrado relacionadas ao Projeto

Cronograma:

1º mês: Contato com a gestão das escolas, apresentação do projeto e identificação dos parceiros. Agendamento de reunião com todos os parceiros2º mês e 3º mês: Diagnóstico inicial a partir da realidade escolar. Contato com nutricionistas das escolas. Contato com associações de agricultores locais4º mês: Preparação e planejamento dos processos educativos a partir dos dados coletados5º ao 10º mês: Realização dos processos educativos junto à comunidade escolar, reuniões e avaliações processuais11º e 12º mês: Compilação dos dados e análises com base nos referenciais teóricos, socialização e discussão com parceiros.

A partir da renovação em Novembro de 2019

A partir da renovação em Novembro de 2020
1° ao 3º mês - Realização de eventos, contando com produções advindas do projeto anterior. Formação teórica e prática dos alunos de graduação e pós envolvidos direta e indiretamente
2º e 3º mês –
4º ao 6º mês – apresentação do projeto e identificação dos parceiros. Agendamento de reunião com todos os parceiros. Preparação, planejamento dos processos educativos
7° ao 9° mês – Realização dos processos educativos junto à comunidade escolar em parceria com os agricultores locais. Reuniões e avaliações processuais
11º e 12º mês: Compilação dos dados e análises com base nos referenciais teóricos, socialização e discussão com parceiros.

Descrição Resumida: .

Equipe:

Alunos de Graduação:

  • EBERTON BORODINAS QUIRINO - Tipo: Bolsista - Bolsa Institucional - Início: Não definido. - Término: 31/07/2019 - Vínculo: Inativo
  • Heitor Vieira Passos - Tipo: Bolsista - Bolsa Institucional - Início: Não definido. - Término: 30/04/2020 - Vínculo: Inativo
  • TAINA MIRANDA VIDON - Tipo: Bolsista - Bolsa Institucional - Início: Não definido. - Término: 31/12/2022 - Vínculo: Inativo

Docentes:

  • ANTONIO FERNANDES NASCIMENTO JUNIOR - Início: 01/05/2019 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • OLGA LUCIA MONDRAGON BERNAL - Início: 01/05/2019 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • MICHEL CARDOSO DE ANGELIS PEREIRA - Início: 01/05/2019 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • MARIA DE LOS ANGELES ARIAS GUEVARA - Início: 01/12/2019 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • VIVIANE SANTOS PEREIRA - Início: 01/12/2019 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • THIAGO RODRIGO DE PAULA ASSIS - Início: 01/12/2019 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • LUIS CLAUDIO PATERNO SILVEIRA - Início: 11/02/2020 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Técnicos Administrativos:

Nenhum


Alunos de Pós-Graduação:

Nenhum


Outros Usuários:

Nenhum

Dados de Renovação do Projeto

Renovações de Projetos:

Renovações associados ao Projeto
InícioTérminoData de Solicitação pelo CoordenadorData de Aprovação pela PROEEC
11/03/202231/12/202411/03/2022 - 14:16:5313/04/2022 - 16:09:48

Dados do Coordenador do Projeto

Coordenador do Projeto: MARINA BATTISTETTI FESTOZO

Setor: DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

E-mail Institucional: marina.festozo[em]ufla.br

E-mail Alternativo: mbfestozo[em]hotmail.com

Situação do Projeto

Situação de Aprovação: Registrado

Submetido pelo Coordenador do Projeto em: 03/11/2020 - 09:49:56

Aprovado pelo Conselho Departamental (Lavras) ou pelo Colegiado de Extensão (Paraíso) em: 01/02/2021 - 16:00:47

Aprovado pelo Colegiado de Extensão (Lavras) ou pelo Diretor da UA (Paraíso) em: 02/02/2021 - 15:12:35

Histórico de Coordenação

Histórico de Coordenação:

  • MARINA BATTISTETTI FESTOZO: De 22/03/2019 a 30/04/2020.
  • MARINA BATTISTETTI FESTOZO: De 30/10/2020 a 31/12/2021.
  • MARINA BATTISTETTI FESTOZO: De 23/01/2023 em diante.

Histórico de Avaliações

Nenhum histórico de avaliações.


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