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Esta página exibe os dados de um Projeto de Extensão.

Índice:

Informações de RegistroDados Gerais do Projeto de ExtensãoDados de Renovação do Projeto
Dados do Coordenador do ProjetoSituação do ProjetoHistórico de Coordenação
Histórico de Avaliações
Informações de Registro

Número de Registro: 003/2020

Dados Gerais do Projeto de Extensão

Título: Indicações Geográficas e Desenvolvimento Local: apoiando ações para a busca da Convergência Estratégica

Programa de Extensão: (indefinido)

Resumo da Proposta: O desenvolvimento de novos Arranjos Produtivos Locais (APLs) no Brasil é um tema de extrema importância no atual contexto econômico e social brasileiro. As Indicações Geográficas (IG) surgem com o objetivo de proteger e valorizar produtos e serviços típicos de uma região. O resultado é que estes APLs que buscam reconhecimento de origem necessitam desenvolver aspectos ligados à governança local e à coordenação de relacionamentos e interesses diversos.As certificações de origem, ou as demarcações de origem do tipo Indicações Geográficas (IG), têm crescido no Brasil inseridas neste contexto. O Ministério da Agricultura define que a IG é um registro que cria uma identidade única ao produto, ligada ao processo produtivo daquele local (know-how) (BRASIL, 2018). De forma obrigatória pela lei brasileira, os detentores das IGs devem representar a coletividade dos produtores daquele local específico (MAFRA, 2008; INPI, 2013; BRASIL, 2018). O resultado indireto da busca pelas indicações geográficas é que estes agrupamentos de produtores necessitam desenvolver aspectos ligados à governança local, à definição de padrões de qualidade do produto, à comercialização e mesmo ao marketing. É uma tarefa que requer coordenação de relacionamentos e interesses diversos (GUIMARÃES FILHO, 2013). Após análise de casos de sucesso nos arranjos produtivos locais do café do Cerrado Mineiro e do café do Oeste da Bahia, Leme, Aguiar e Rezende (2019) propuseram o conceito de “convergência estratégica” para arranjos produtivos e o desenvolvimento local. A convergência estratégica pode ser definida como uma série de ações e práticas dos atores sociais inter-relacionados através de uma rede em um arranjo produtivo local, que possuem interesses e objetivos em comum definidos nas dimensões organizacionais (estruturais), históricas e de ações coletivas em prol de um produto ou serviço.

Área Temática: Tecnologia e Produção

Instituições Parceiras: Sebrae-SP, Sebrae-MG e organizações de produtores de café.

Número Estimado de Participantes: 1000

Locais de Realização: Regiões cafeeiras do Brasil em Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Espírito Santos. Inicialmente com foco em Garça-SP, Bragança Paulista-SP, Circuito das Águas Paulista-SP, Campo das Vertentes – MG, Cafés Vulcânicos de Poços de Caldas-MG, Chapada Diamantina-BA, Conilon Capixaba - ES.

Data de Início: 10/01/2018

Data de Término: 10/01/2021

Justificativa: Mudanças estruturais ocorridas nas cafeiculturas brasileira e mundial nos último 20 anos foram importantes para uma mudança substancial no mercado. Uma das principais motivações para esta mudança de perfil foi o fortalecimento do mercado de cafés ditos como “especiais”, diferenciados pela origem ou gourmet, ou seja, que possuem características diferenciadas em relação ao café commodity produzido no País até então (LEME, 2012; GUIMARÃES et al., 2018).Estes cafés necessitam de cuidados especiais no preparo, armazenamento e comercialização, e notadamente, podem estar relacionados ao perfil dos produtores de determinada região, como no caso das Indicações Geográficas (BRASIL, 2018). Sua produção e posterior avaliação de qualidade podem demonstrar, ainda, que estas características organolépticas podem estar ligadas às características físicas da região, como solo e altitude. O crescente interesse dos mercados consumidores por cafés especiais e a própria oferta destes cafés por alguns produtores de tradicionais regiões fizeram surgir a necessidade de maior integração entre estes atores. Afinal, não basta fazer qualidade, é preciso vender qualidade.Casos de sucesso no Brasil, como o da região do Cerrado Mineiro e do Vale dos Vinhedos chamam a atenção pela forma com que estes arranjos produtivos se organizaram em função de algum objetivo estratégico. O fato de existir uma forte convergência das ações estratégicas nestes arranjos produtivos fez com que resultados relevantes fossem alcançados, como será demonstrado neste trabalho.Por outro lado, para desenvolver ações organizacionais e de marketing para aproveitar estas mudanças no mercado os produtores de café precisam do apoio de especialistas e pesquisadores, com o objetivo de conhecer as demandas de mercado e os exemplos de sucesso de outros arranjos produtivos locais.

Caracterização dos Beneficiários:

Objetivos: Este projeto de extensão visa apoiar a o desenvolvimento de ações em prol da construção de Indicações Geográficas do café no Brasil, através de palestras, cursos, workshops e apoio na área de marketing para diferentes associações de produtores de café que estão em busca ou já possuem IGs. Este projeto também está ancorado em projeto de pesquisa que via identifica e analisar os processos de convergência estratégica em APLs do café.

Metas:

Fundamentação Teórica: O resultado indireto da busca pelas indicações geográficas é que estes agrupamentos de produtores necessitam desenvolver aspectos ligados à governança local, à definição de padrões de qualidade do produto, à comercialização e mesmo ao marketing. É uma tarefa que requer coordenação de relacionamentos e interesses diversos (GUIMARÃES FILHO, 2013). Outra instância importante para a ação coletiva dos produtores rurais é o associativismo via Associações de Interesse Privado. Estas vêm ganhando uma importância cada vez maior nas articulações dos interesses dos produtores rurais. Talvez, sua estrutura mais flexível e o foco em objetivos comuns, que não apenas os financeiros, sejam os principais motivos para o crescimento desta modalidade (BARRA, OLIVEIRA e MACHADO, 2007).Mudanças estruturais ocorridas nas cafeiculturas brasileira e mundial também foram importantes. Uma das principais motivações para esta mudança de perfil foi o fortalecimento do mercado de cafés ditos como “especiais”, diferenciados pela origem ou gourmet, ou seja, que possuem características diferenciadas em relação ao café commodity produzido no País até então (LEME, 2012; GUIMARÃES et al., 2018).Estes cafés necessitam de cuidados especiais no preparo, armazenamento e comercialização, e notadamente, podem estar relacionados ao perfil dos produtores de determinada região, como no caso das Indicações Geográficas (BRASIL, 2018). Sua produção e posterior avaliação de qualidade podem demonstrar, ainda, que estas características organolépticas podem estar ligadas às características físicas da região, como solo e altitude. O crescente interesse dos mercados consumidores por cafés especiais e a própria oferta destes cafés por alguns produtores de tradicionais regiões fizeram surgir a necessidade de maior integração entre estes atores. Afinal, não basta fazer qualidade, é preciso vender qualidade.De acordo com Leme, Aguiar e Rezende (2029), estudando os APLs do Cerrado Mineiro e do Oeste da Bahia, a convergência estratégica pode ser definida como uma série de ações e práticas dos atores sociais inter-relacionados através de uma rede em um APL, que possuem interesses e objetivos em comum definidos nas dimensões organizacionais (estruturais), históricas e de ações coletivas em prol de um produto ou serviço.

Metodologia: Este projeto será realizado por meio de palestras e workshops de sensibilização na áreas de marketing, mercado cafeeiro e de indicações geográficas para associações e grupos de produtores de café nas regiões alvo. Para tanto, serão envolvidos grupos de estudo da Universidade Federal de Lavras (UFLA), de forma a aproximar os estudantes da realidade mercadológica e propiciar seu aprendizado e contato com diferentes públicos. Durante o acompanhamento dos processos, será realizada uma coleta de dados que poderá gerar novos subsídios para outras intervenções em outras regiões, promovendo o intercâmbio de informações.

Impactos na Formação Discente:

Relação Ensino, Pesquisa e Extensão: Este é um projeto de extensão universitária já que o conhecimento em gestão empresarial, marketing e indicações geográficas será “extendido”, isto é, aplicado à realidade dos cafeicultores e gestores de associações de café. Tanto no aspecto da gestão quanto no aspecto de aprendizagem, os professores e alunos vinculados aos projetos e aos eventos a serem realizados irão transferir seu conhecimento à comunidade. Este efeito será alcançado por meio da realização de capacitações, cursos, palestras e workshops, abordando os temas de relevância para os grupos. Como um todo, essa iniciativa visa colaborar com a divulgação dos projetos de ensino, pesquisa e extensão que são desenvolvidos no ambiente da UFLA por profissionais e estudantes.

Relação com a Sociedade e Impacto Social:

Resultados Esperados: Como resultados esperados, busca-se o efetivo apoio deste projeto para futuras IGs do café. Como evidências, ações de capacitação e visitas técnicas para orientação dos produtores, artigos de extensão e apoio na realização de projetos. Os resultados poderão ajudar no desenvolvimento de novos projetos e na construção do conhecimento em marketing de origem e qualidade no Brasil. A Universidade Federal de Lavras, por sua vez, se beneficia pelo maior contato de seus discentes e pesquisadores com a realidade de produtores que buscam adentrar em novos mercados.---- Referências---- 1. BRASIL. O que é Indicação Geográfica (IG)? Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabilidade/indicacao-geografica/o-que-e-indicacao-geografica-ig>. Acesso em: 26 jan. 2018. --2. MAFRA, L. A. S. Indicação geográfica e construção do mercado: a valorização da origem no Cerrado Mineiro, 2008. Tese de Doutorado. Tese. Doutorado em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: UFRRJ.--- 3. INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Revista de propriedade Industrial. Seção I. n. 2243. 2013. Disponível em: < http://revistas.inpi.gov.br/rpi/ >. Acesso em: 16 jan. 2018.--- 4. GUIMARÃES FILHO, C. Certificação de Indicação Geográfica. Uma estratégia de inserção no mercado para produtos do Semiárido. Seapa-Bahia. 2013. --- 5. BARRA, G. M. J.; OLIVEIRA, V. C. S.; MACHADO, R. T. M. O papel das associações de interesse privado no mercado cafeeiro brasileiro. Revista de Gestão USP, v. 14, n. 2, p. 17-31, 2007.--- 6. LEME, P. H. M V.; SILVA, E. C.; SETTE, R. S. Qualidade com sustentabilidade: certificações do agronegócio café sob a ótica dos pilares da qualidade. In: 50º Congresso da sociedade brasileira de economia, administração e sociologia rural – SOBER. Anais..., 2012. Vitória: Sober. --- 7. LEME, P. H. M. V.; AGUIAR, B. H. ; REZENDE, D. C. . A convergência estratégica em Arranjos Produtivos Locais: uma análise sobre a cooperação entre atores em rede em duas regiões cafeeiras. REVISTA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL (IMPRESSO), v. 57, p. 145-160, 2019. ---- 8. GUIMARÃES, E. R.; LEME, P. H. M. V.; DE REZENDE, D. C.; PEREIRA, S. P.; DOS SANTOS, A. C. The brand new Brazilian specialty coffee market. Journal of Food Products Marketing, v. 25, n. 1, p. 49-71, 2018.

Indicadores de Acompanhamento e Avaliação:

Cronograma: Ano 1: (1) Realização de palestras e visitas técnicas para produtores de café que desejam iniciar ações em prol das Indicações Geográficas. (2) Observação participante em eventos/iniciativas que visam promover os projetos e ações em torno do marketing de origem. (3) Apoio em palestras e capacitações na realização de eventos para os cafeicultores que buscam conhecer o mercado de cafés de origem. (4) Início das orientações nas Regiões de Garça-SP, Bragança Paulista-SP e Poços de Caldas-MG.Ano 2: (1) Realização de palestras e visitas técnicas para produtores de café que desejam iniciar ações em prol das Indicações Geográficas. (2) Observação participante em eventos/iniciativas que visam promover os projetos e ações em torno do marketing de origem. (3) Apoio em palestras e capacitações na realização de eventos para os cafeicultores que buscam conhecer o mercado de cafés de origem. (4) Orientações na Região de Garça-SP, Bragança Paulista-SP, Circuito das Águas Paulista-SP, Poços de Caldas-MG, Ouro Fino-MG.Ano (3) (1) Realização de palestras e visitas técnicas para produtores de café que desejam iniciar ações em prol das Indicações Geográficas. (2) Observação participante em eventos/iniciativas que visam promover os projetos e ações em torno do marketing de origem. (3) Apoio em palestras e capacitações na realização de eventos para os cafeicultores que buscam conhecer o mercado de cafés de origem. (4) Orientações ainda serão definidas.

Descrição Resumida:

Equipe:

Alunos de Graduação:

Nenhum


Docentes:

Nenhum


Técnicos Administrativos:

Nenhum


Alunos de Pós-Graduação:

  • BRUNO HENRIQUE AGUIAR - Tipo: Voluntário - Início: 10/01/2018 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • EDUARDO CESAR SILVA - Tipo: Voluntário - Início: 10/01/2018 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Outros Usuários:

Nenhum

Dados de Renovação do Projeto

Renovações de Projetos:

Renovações associados ao Projeto
InícioTérminoData de Solicitação pelo CoordenadorData de Aprovação pela PROEEC
11/01/202111/01/202609/03/2025 - 11:11:0531/03/2025 - 15:22:18

Dados do Coordenador do Projeto

Coordenador do Projeto: PAULO HENRIQUE MONTAGNANA VICENTE LEME

Setor: DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

E-mail Institucional: paulo.leme[em]ufla.br

E-mail Alternativo: lemeph[em]gmail.com

Situação do Projeto

Situação de Aprovação: Registrado

Submetido pelo Coordenador do Projeto em: 23/01/2020 - 16:18:51

Aprovado pelo Conselho Departamental (Lavras) ou pelo Colegiado de Extensão (Paraíso) em: 24/01/2020 - 10:41:54

Aprovado pelo Colegiado de Extensão (Lavras) ou pelo Diretor da UA (Paraíso) em: 27/01/2020 - 15:57:07

Histórico de Coordenação

Histórico de Coordenação:

  • PAULO HENRIQUE MONTAGNANA VICENTE LEME: De 23/01/2020 a 10/01/2021.

Histórico de Avaliações

Nenhum histórico de avaliações.


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