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Número de Registro: 143/2025
Título: Por que ler os clássicos da filosofia política, hoje?
Programa de Extensão: (indefinido)
Resumo da Proposta:
O projeto “Por que ler os clássicos da filosofia política, hoje?” propõe a criação de um espaço público de formação, diálogo e reflexão sobre os fundamentos do pensamento político a partir da leitura orientada de textos clássicos. A iniciativa visa aproximar a comunidade acadêmica e o público externo da tradição filosófica, incentivando a leitura crítica e a discussão coletiva de obras que moldaram a compreensão moderna de conceitos como liberdade, poder, justiça e cidadania. Serão realizados círculos de leitura, debates públicos, oficinas e atividades de produção de materiais educativos, articulando ensino, pesquisa e extensão. O projeto busca contribuir para a formação crítica de estudantes e cidadãos, fortalecendo o papel social da universidade como promotora do pensamento reflexivo e da cultura democrática.
Área Temática: Cultura
Instituições Parceiras: Casa da Cultura de Lavras
Número Estimado de Participantes: 100
Locais de Realização: DCH e outros locais da UFLA; Casa da Cultura de Lavras; praças de Lavras; escolas da rede pública e provada de Lavras e região
Data de Início: 06/10/2025
Data de Término: 31/12/2027
Justificativa:
Vivemos um momento histórico em que o debate público tende à fragmentação e à superficialidade. A tradição da filosofia política, no entanto, oferece instrumentos conceituais duradouros para compreender as dinâmicas de poder, as formas de governo e os fundamentos da vida coletiva. Ler os clássicos da filosofia política significa revisitar, de modo crítico, as origens das noções de liberdade, justiça e bem comum, compreendendo sua historicidade e relevância atual. Contudo, o acesso a esses textos permanece restrito a ambientes acadêmicos especializados. O projeto surge, portanto, como resposta à necessidade de democratizar esse acesso, promovendo uma experiência formativa aberta e interdisciplinar, que envolva estudantes, professores e a comunidade em geral em torno de uma pergunta essencial: por que ler os clássicos da filosofia política, hoje?
Caracterização dos Beneficiários:
Público interno: estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e técnicos da universidade. Público externo: professores da educação básica, estudantes de escolas públicas e particulares, integrantes de coletivos culturais, leitores interessados em temas políticos e filosóficos. Beneficiários indiretos: escolas, grupos de estudo e espaços culturais parceiros que utilizarão os materiais produzidos.
Objetivos:
Objetivo Geral Promover o acesso crítico aos clássicos da filosofia política, articulando sua leitura e discussão a problemas contemporâneos, como forma de formação cidadã e de fortalecimento do pensamento crítico. Objetivos Específicos Realizar círculos de leitura e debates sobre textos clássicos da filosofia política. Desenvolver a capacidade de interpretação e argumentação filosófica dos participantes. Produzir materiais educativos (textos, vídeos, podcasts) que traduzam o conteúdo filosófico em linguagem acessível. Formar mediadores de leitura e escrita filosófica. Articular as atividades do projeto com ações de ensino e pesquisa vinculadas à universidade.
Metas:
Formação de ao menos 100 participantes diretos ao longo do projeto. Realização de encontros quinzenais de leitura e debate presenciais ou virtuais. Produção de uma coletânea digital de sínteses e reflexões elaboradas pelos participantes. Publicação de ao menos 5 materiais de divulgação (textos ou vídeos curtos). 1 seminário final de socialização dos resultados.
Fundamentação Teórica:
A proposta parte da convicção de que o estudo sistemático dos clássicos da filosofia política é instrumento essencial para compreender os fundamentos e as contradições da sociedade contemporânea. Ler os clássicos não é exercício de erudição retrospectiva, mas modo de compreender criticamente o presente à luz das categorias que o estruturam. Como observa Calvino (1991), os clássicos “nunca terminam de dizer o que têm a dizer”, pois conservam uma potência interpretativa que transcende o contexto histórico. Essa abertura de sentido torna o diálogo com a tradição - de Platão a Arendt - um exercício de pensamento vivo e atual, capaz de reconfigurar nossa compreensão do mundo político. A filosofia política construiu, ao longo de dois milênios, o vocabulário fundamental da vida pública. Em Platão e Aristóteles, a política aparece como cuidado da alma e realização da natureza racional do homem. Maquiavel inaugura a modernidade ao deslocar a reflexão da cidade ideal para a prática do poder, fundando a autonomia do político. Hobbes, Locke e Rousseau formulam diferentes concepções do pacto social, enquanto Kant insere a política no horizonte da razão prática e do cosmopolitismo, articulando moralidade, publicidade e direitos universais. No século XIX, Marx desloca a reflexão ao revelar os condicionamentos materiais e as formas ideológicas do poder. Como destaca Geuss (2001), sua crítica marca a passagem da justificação normativa à análise das estruturas reais de dominação. No século XX, Arendt, Rawls e Habermas renovam o debate sobre justiça, deliberação e esfera pública: Arendt vê na ação e na pluralidade a essência da política; Rawls redefine a filosofia política como teoria moral aplicada; Habermas propõe uma racionalidade comunicativa fundada no consenso discursivo. Essa tradição sustenta a ideia de que a filosofia política é, antes de tudo, um exercício de liberdade. Ler os clássicos é praticar o que Foucault (1984) chama de “ontologia crítica de nós mesmos”: interrogar as condições históricas de nossa racionalidade política e reconhecer os limites e possibilidades da ação democrática. Além do valor teórico, a leitura dos clássicos possui dimensão formativa e pública. Em Freire (1979, 1996), a leitura do mundo precede e orienta a leitura da palavra: compreender criticamente a realidade é já um ato de libertação. A mediação filosófica inspirada nessa pedagogia transforma o leitor em sujeito do conhecimento, intérprete ativo de sua experiência histórica. A filosofia assume, assim, função pedagógica e cívica, orientada à formação da consciência crítica. Nussbaum (2010) argumenta que as humanidades são indispensáveis à democracia porque cultivam empatia, imaginação e julgamento moral. A leitura dos clássicos, em espaços extensionistas, forma cidadãos capazes de compreender a complexidade das instituições e das responsabilidades públicas. O projeto adota a concepção freiriana de educação como prática de liberdade e a perspectiva de Nussbaum sobre o valor público das humanidades. A leitura torna-se experiência ética e cívica que ultrapassa os muros da universidade, promovendo diálogo e esclarecimento - condições da esfera pública democrática. Por fim, inspira-se na noção de extensão universitária como diálogo de saberes (Santos, 2010), que entende o conhecimento como bem público, construído na interação entre universidade e sociedade. O estudo dos clássicos não busca apenas conservar uma herança cultural, mas atualizar criticamente o pensamento político diante dos desafios do presente - desigualdade, autoritarismo, crise ambiental e fragilidade democrática. Assim, a filosofia política reafirma sua vocação originária: interrogar as condições da vida em comum e promover a reflexão crítica como fundamento da cidadania. Ler os clássicos é, nesse sentido, uma prática de esclarecimento (Aufklärung), no sentido kantiano, que confirma o papel da universidade como espaço público de pensamento, liberdade e formação democrática. Referências ARENDT, H. A condição humana. RJ: Forense Universitária, 2007. CALVINO, I. Por que ler os clássicos? SP: Companhia das Letras, 1991. FOUCAULT, M. “Qu’est-ce que les Lumières?”. In: Dits et écrits, v. IV. Paris: Gallimard, 1984. FREIRE, P. Educação e mudança. RJ: Paz e Terra, 1979. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. SP: Paz e Terra, 1996. GEUSS, R. History and Illusion in Politics. Cambridge: CUP, 2001. HABERMAS, J. Direito e democracia. RJ: Tempo Brasileiro, 1997. NUSSBAUM, M. Sem fins lucrativos. SP: Martins Fontes, 2010. SANTOS, B. S. A universidade no século XXI. SP: Cortez, 2010.
Metodologia:
A metodologia do projeto fundamenta-se em abordagem dialógica, participativa e formativa, orientada pelos princípios da extensão universitária crítica e da pedagogia emancipadora. Parte-se da concepção de que a leitura e interpretação dos clássicos da filosofia política não são atividades meramente transmissivas, mas processos compartilhados de produção de sentido, nos quais o conhecimento emerge do diálogo entre saberes acadêmicos e experiências do público participante. Inspirada na pedagogia do diálogo de Freire (1979; 1996), a metodologia entende a leitura como ato político e libertador: ler é interpretar o mundo, e não apenas decifrar palavras. Os encontros são concebidos como espaços horizontais de aprendizagem, em que professores, estudantes e comunidade constroem coletivamente a compreensão dos textos, superando a dicotomia entre “quem ensina” e “quem aprende”. O projeto adota a pesquisa-ação (Lewin, 1946; Thiollent, 2011) como referência metodológica, considerando que a prática extensionista deve gerar conhecimento teórico a partir da intervenção concreta na realidade social. Complementarmente, utiliza a pesquisa-formação (Josso, 2002; Souza, 2014), que entende o processo educativo como experiência compartilhada e reflexiva. A leitura dos clássicos é, assim, uma experiência de formação de si, no sentido foucaultiano de cuidado de si, e de formação do outro por meio da palavra pública e da escuta. A extensão crítica (Santos, 2010) norteia a concepção de diálogo de saberes, evitando a mera transferência de conhecimento. O projeto estrutura-se sobre quatro eixos metodológicos integrados: leitura crítica, diálogo interdisciplinar, produção coletiva e devolutiva pública. As etapas incluem: (1) planejamento e curadoria de textos, selecionando trechos representativos dos clássicos da Antiguidade à contemporaneidade e organizando-os em módulos temáticos; (2) círculos de leitura e diálogo filosófico quinzenais, presenciais ou online, seguindo o modelo freiriano de “círculos de cultura” e a hermenêutica de Gadamer (1999), estimulando a fusão de horizontes entre passado e presente; (3) oficinas de mediação de leitura e escrita filosófica para formação de multiplicadores, baseadas na aprendizagem pela experiência (Dewey, 1938) e pedagogia colaborativa (Perrenoud, 1999); (4) debates públicos e mesas-redondas com docentes de filosofia, ciência política, direito e educação, fortalecendo a esfera pública universitária (Habermas, 1997; Arendt, 2007); (5) produção de materiais de divulgação - textos, vídeos, podcasts - transformando o conhecimento acadêmico em bem cultural acessível (Nussbaum, 2010; Ferry, 1999); (6) avaliação e devolutiva participativa contínua, processual e coletiva, com base em autoavaliação dialógica (Demo, 2000) e avaliação emancipatória (Saul, 2006). Instrumentos de acompanhamento incluem registro de frequência e participação, diários reflexivos coletivos, questionários qualitativos aplicados aos participantes, relatórios semestrais da coordenação e observação participante segundo metodologia qualitativa (Bogdan & Biklen, 1994). Em síntese, o projeto combina metodologia dialógica, pesquisa-formação e avaliação emancipatória, articuladas em prática de extensão que integra ensino, pesquisa e ação comunitária. A leitura dos clássicos da filosofia política torna-se laboratório de formação crítica, experiência hermenêutica e exercício coletivo de cidadania, transformando o espaço universitário em palco de reflexão, diálogo e intervenção social. Referências Metodológicas ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994. DEWEY, J. Experience and Education. New York: Macmillan, 1938. DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 2000. FERRY, L. L’homme-Dieu et la cité. Paris: Grasset, 1999. FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GADAMER, H.-G. Verdade e método. Petrópolis: Vozes, 1999. HABERMAS, J. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. JOSSO, M.-C. Experiências de vida e formação. Porto Alegre: Artmed, 2002. LEWIN, K. “Action research and minority problems”. Journal of Social Issues, v.2, n.4, 1946. NUSSBAUM, M. Sem fins lucrativos: por que a democracia precisa das humanidades. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. SAUL, A. M. Avaliação emancipatória. São Paulo: Cortez, 2006. SANTOS, B. S. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. São Paulo: Cortez, 2010. SOUZA, E. C. de (org.). Narrativas, pesquisa e formação. Salvador: EDUFBA, 2014. THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.
Impactos na Formação Discente:
O projeto “Por que ler os clássicos da filosofia política, hoje?” promove impactos formativos amplos e integrados, tanto no plano cognitivo quanto ético e político, inserindo o discente em um processo de aprendizagem ativa, dialógica e transformadora. Primeiramente, a participação nos círculos de leitura e debates filosóficos desenvolve competências fundamentais à formação universitária: a leitura crítica de textos teóricos complexos, a capacidade argumentativa, a expressão oral e escrita, e o pensamento reflexivo autônomo. Como destaca John Dewey (1938), a aprendizagem significativa decorre da experiência compartilhada e da problematização ativa do conteúdo - princípios que orientam a dinâmica pedagógica do projeto. Além disso, o envolvimento dos estudantes como mediadores, monitores ou bolsistas extensionistas os coloca em posição de protagonismo formativo, estimulando a autonomia intelectual e a responsabilidade social. Essa experiência permite ao discente compreender o saber filosófico como prática social e pública, e não apenas como objeto de estudo teórico. A dimensão política e ética dessa formação também é central. A leitura dos clássicos é concebida aqui como exercício de autocompreensão e de formação cidadã, nos termos da “paideia democrática” evocada por Hannah Arendt (1958) e Martha Nussbaum (2010): um processo de educação para o juízo crítico, a empatia e a deliberação pública. Por fim, o projeto contribui para o desenvolvimento de uma consciência extensionista no corpo discente, ao estimular o engajamento comunitário, o trabalho interdisciplinar e a reflexão sobre o papel da universidade na sociedade. Como propõe Paulo Freire (1996), trata-se de formar sujeitos capazes de “ler o mundo” e intervir nele de forma ética, crítica e solidária. ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. DEWEY, John. Experience and Education. New York: Macmillan, 1938. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996. NUSSBAUM, Martha. Sem fins lucrativos: por que a democracia precisa das humanidades. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
Relação Ensino, Pesquisa e Extensão:
O projeto articula-se organicamente às três dimensões constitutivas da universidade - ensino, pesquisa e extensão - compreendidas como práticas indissociáveis na formação do conhecimento. No âmbito do ensino, o projeto integra-se aos conteúdos das disciplinas de Filosofia Política, Ética, Teoria do Conhecimento e História da Filosofia, ampliando o processo formativo para além da sala de aula. As atividades de leitura e mediação promovem a aprendizagem ativa e colaborativa, em consonância com a metodologia freiriana do diálogo e com a pedagogia participativa de Perrenoud (1999). No campo da pesquisa, o projeto estimula a investigação sobre a recepção contemporânea dos clássicos da filosofia política e sobre os modos de mediação cultural do pensamento filosófico. Os estudantes são incentivados a elaborar relatórios, resenhas críticas e artigos curtos, contribuindo para a produção acadêmica e para a construção de novos objetos de pesquisa. Essa dimensão investigativa, articulada à prática extensionista, constitui uma forma de pesquisa-ação formativa (Thiollent, 2011; Josso, 2002), na qual a intervenção e a reflexão se retroalimentam. Na dimensão da extensão, o projeto concretiza a função social da universidade ao transformar o conhecimento filosófico em diálogo público, segundo a perspectiva da extensão crítica (Santos, 2010). As leituras, debates e materiais de divulgação permitem que o pensamento político clássico circule em espaços não acadêmicos, ampliando o alcance do saber e fortalecendo o vínculo entre universidade e comunidade. Essa integração entre ensino, pesquisa e extensão responde às diretrizes nacionais, que definem a extensão universitária como processo interdisciplinar, educativo, cultural e científico que articula saberes acadêmicos e populares na construção de uma sociedade mais justa e democrática. JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. Porto Alegre: Artmed, 2002. PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. SANTOS, Boaventura de Sousa. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. São Paulo: Cortez, 2010. THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.
Relação com a Sociedade e Impacto Social:
O projeto estabelece um vínculo direto entre a universidade e a sociedade ao propor o acesso público e crítico à tradição do pensamento político. Em um contexto de polarização e simplificação do discurso público, a leitura orientada dos clássicos oferece instrumentos conceituais e éticos para fortalecer a cidadania e o diálogo democrático. A proposta contribui, assim, para requalificar a esfera pública, entendida, nos termos de Jürgen Habermas (1997), como o espaço de formação da opinião e da vontade coletiva mediadas pelo discurso racional. Ao criar um espaço de leitura e debate acessível, o projeto atua na reconstrução desse espaço de deliberação, aproximando diferentes sujeitos - estudantes, professores, cidadãos, coletivos culturais - em torno de questões políticas fundamentais. Do ponto de vista social, o impacto manifesta-se em três dimensões: Cultural: democratização do acesso a bens simbólicos e à tradição filosófica, estimulando a valorização da leitura, da argumentação e da reflexão crítica como práticas culturais. Educacional: fortalecimento de vínculos entre universidade e escolas da rede pública, com oferta de oficinas e materiais pedagógicos sobre filosofia política e ética cidadã. Cívica: promoção da educação para a cidadania e para a convivência democrática, entendendo a filosofia como prática pública de esclarecimento (Foucault, 1984; Arendt, 1958). Ao reconhecer o saber filosófico como bem comum e não como privilégio erudito, o projeto cumpre a função social da universidade - tornar o conhecimento um instrumento de emancipação coletiva. Assim, a leitura dos clássicos da filosofia política torna-se uma prática de resistência cultural e política, reafirmando o papel da universidade como instituição pública de pensamento crítico e laboratório de democracia. ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. DEWEY, John. Experience and Education. New York: Macmillan, 1938. FOUCAULT, Michel. “Qu’est-ce que les Lumières?”. In: Dits et écrits, v. IV. Paris: Gallimard, 1984. HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.
Resultados Esperados:
Criação de um espaço permanente de leitura e debate filosófico aberto à comunidade. Formação de mediadores de leitura e escrita. Ampliação do acesso a conteúdos filosófico-políticos. Produção e divulgação de materiais didáticos acessíveis. Fortalecimento da articulação entre ensino, pesquisa e extensão.
Indicadores de Acompanhamento e Avaliação:
Indicador Descrição Meta Participação Número de inscritos e frequência nos encontros igual ou superior a 100 participantes Engajamento Número de intervenções, debates e produções coletivas igual ou superior a 50 contribuições Produção acadêmica Textos, vídeos, podcasts ou coletâneas geradas igual ou superior a 5 produtos Avaliação qualitativa Satisfação dos participantes e relatos reflexivos igual ou superior a 80% avaliações positivas
Cronograma:
Cronograma modelo referente a 12 meses Mês Atividades Principais 1-2 Planejamento, seleção de textos, divulgação e inscrições 3-8 Círculos de leitura quinzenais e debates públicos 5-9 Oficinas de mediação e produção de materiais 6-10 Publicação de materiais de divulgação 11-12 Seminário final e avaliação coletiva
Descrição Resumida: Projeto de extensão voltado à leitura e discussão pública dos clássicos da filosofia política, com o objetivo de promover a formação crítica, a cidadania e o diálogo entre universidade e sociedade.
Equipe:
Alunos de Graduação:
Nenhum
Docentes:
Técnicos Administrativos:
Alunos de Pós-Graduação:
Outros Usuários:
Renovações de Projetos:
Coordenador do Projeto: EMANUELE TREDANARO
Setor: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
E-mail Institucional: emanuele.tredanaroufla.br
E-mail Alternativo: tredanaro_emanuelehotmail.com
Situação de Aprovação: Registrado
Submetido pelo Coordenador do Projeto em: 06/10/2025 - 19:55:28
Aprovado pelo Conselho Departamental (Lavras) ou pelo Colegiado de Extensão (Paraíso) em: 07/10/2025 - 08:58:30
Aprovado pelo Colegiado de Extensão (Lavras) ou pelo Diretor da UA (Paraíso) em: Nenhuma
Histórico de Coordenação:
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Universidade Federal de Lavras - UFLA
SIG-UFLA - Versão 1.96.0
Créditos